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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Abertura da Conferência de SAN é marcada por cobranças



O representante do TIPNI conquistou a cena e foi aplaudido de pé




A 4ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional começou hoje (08), no Hotel Fiesta em Salvador. O evento tem a participação de delegados que representam a sociedade civil e o poder público dos 26 territórios de identidade da Bahia, que discutem o tema: Alimentação Adequada – Direito de Todos.


A mesa de abertura composta por integrantes do CONSEA (Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional), autoridades do governo do estado, da prefeitura de Salvador, governo federal e povos tradicionais, estes foram representados por José Salvo, líder oriundo da comunidade (fundo de pasto) Alagadiço do Henrique, no município de Campo Formoso.


O líder foi aplaudido de pé, após fazer várias cobranças direcionadas ao governador Jaques Wagner, que também participava da composição da mesa. “Senhor govenador, nos seus cinco anos de mandato nós não tivemos nenhum título de terra reconhecido”, reclamou José Salvo que solicitou do governador uma maior atenção aos agricultores das comunidades tradicionais. Ele pediu também maior agilidade da CDA para a análise e liberação de títulos de terra.




O governador Jaques Wagner reconheceu o que explicitou o líder negro e disse que esse um problema grave, mas que não pode apenas ser dado um título de terra, pois existem vários processos que foram parar no Supremo Tribunal Federal e continuam em andamento. Ele explicou que já existe um grupo de trabalho dentro da PGE – Procuradoria Geral do Estado – para tentar resolver os problemas e ainda citou a sua luta – quando deputado – pela regularização fundiária de terras indígenas.


Jaques Wagner citou em sua fala a redução do número de pessoas que estão em situação de insegurança alimentar. De acordo com ele o número moradias com problemas graves de alimentação caiu de 50,23% para 41,20 %. Antes disso, Carlos Brasileiro – Secretário de Desenvolvimento Social – enfatizou a importância de discutir a segurança alimentar e parabenizou o governador pela conferência nacional que também será em Salvador.





Os debates continuam a tarde com a discussão nos grupos de trabalho.







Apicultores discutem Plano de apicultura do TIPNI

A reunião em Jaguarari contou com a presença de Marivanda Eloy - SEAGRI

A Câmara Territorial de Agropecuária se reuniu nessa terça (06/SET) em Jaguarari para fazer uma discussão a cerca do Plano Territorial de Apicultura. O evento realizado na sede do Centro de Cultura da Igreja Católica reuniu cerca de vinte pessoas.

A representante da SEAGRI - Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia, Marivanda Eloy apresentou as metas do Plano Estadual da Apicultura e fez sugestões para a aplicação do plano territorial. Segundo ela um dos objetivos do estado é “a inclusão de jovens e mulheres no trabalho apícola”.


Marivanda reforçou a necessidade de haver uma organização entre os produtores do TIPNI para que haja o fortalecimento da cadeia produtiva, o que deverá contribuir para um dos objetivos da SEAGRI, que é tornar a Bahia o maior produtor de artigos apícolas. Ela citou o exemplo da Cecoapi - Central de Cooperativas de Apicultores da Bahia, que comercializa anualmente cerca de 500 mil quilos.


CECOAPI – a central foi fundada há 10 anos, atua nos Territórios Nordeste II e Sisal, tem atuação em 23 municípios. A entidade funciona como agente articulador da produção das cooperativas, que juntas têm cerca de 600 apicultores. A Cecoapi gerencia um entreposto de mel, além de 32 motos e 02 carros.

A central deverá receber a visita técnica dos apicultores do TIPNI nos dias 13 e 14/OUT.


Menos burocracia – a representante da SEAGRI apresentou novidades no que diz respeito à documentação que deve ser apresentada para o funcionamento das UBMs – Unidades de Beneficiamento do Mel. Marivanda revela que a ADAB está “abrindo mão do comprovante de inscrição no CRMV” – Conselho Regional de Medicina Veterinária. Na prática isso significa que as casas de mel nos municípios não precisam mais contratar um médico veterinário, que hoje aumenta o custo de manutenção e torna inviável a mantimento de vários empreendimentos. Porém Marivanda alerta que no caso dos entrepostos a medida não se aplica.